5.3.10

Cartas ao tempo. (9ª)



Um lugar qualquer, 13 de fevereiro de 2009.

Antes de tudo, sou feita de noite. Sou sempre noite e caminho em direção a mim no escuro de minhas entranhas.
Eu tenho medo de pisar em falso. Tenho medo de ser atropelada enquanto cruzar uma das ruas do meu país imaginário. Tenho medo de me perder e nunca sei como voltar. Não sei para onde vou, caminho no escuro. Mas minha vontade de seguir e minha fé em um grande encontro que me fará eterna são maiores do que o medo de continuar.
Estou triste. Mas sempre estou triste. Mesmo a minha alegria é povoada de uma tristeza que é inerente ao meu ato incessante de esperar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário