E
tantas vezes já pedi desculpas por ser quem eu era. E hoje, me arrependo. E hoje,
sei que não se deve pedir desculpas por ser, ainda quando se é nos defeitos. Sabe?
Os defeitos me incomodam também, desconfio que até mais. E eu sou obrigada a
acordar e dar bom dia a eles, porque fazem parte de mim e vou conviver com os
mesmos até o fim dos meus dias, ainda que eu os reprima com um sorriso... mas
eu mesma nunca fui de muitos sorrisos. Só agora estou aprendendo a sorrir nas
fotos e achar que, às vezes, até fica bonito.
Sempre
fui muito complexa. Nasci complexa. Até a gravidez da minha mãe e o parto subsequente
foram regados da mais alta complexidade. Estou trabalhando a simplicidade. Enganam-se
os que acham que é fácil ser simples. Para mim, ser complexo é que é fácil. Sorrir
é coisa simples. É coisa fácil. Por isso, meus sorrisos ainda não encontraram o
timing, porque só em momentos de muita
lucidez e aperfeiçoamento é que atinjo o ápice da simplicidade.
Fernanda Pettersen de Lucena
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