20.6.13

Trabalhando a simplicidade

E tantas vezes já pedi desculpas por ser quem eu era. E hoje, me arrependo. E hoje, sei que não se deve pedir desculpas por ser, ainda quando se é nos defeitos. Sabe? Os defeitos me incomodam também, desconfio que até mais. E eu sou obrigada a acordar e dar bom dia a eles, porque fazem parte de mim e vou conviver com os mesmos até o fim dos meus dias, ainda que eu os reprima com um sorriso... mas eu mesma nunca fui de muitos sorrisos. Só agora estou aprendendo a sorrir nas fotos e achar que, às vezes, até fica bonito.

Sempre fui muito complexa. Nasci complexa. Até a gravidez da minha mãe e o parto subsequente foram regados da mais alta complexidade. Estou trabalhando a simplicidade. Enganam-se os que acham que é fácil ser simples. Para mim, ser complexo é que é fácil. Sorrir é coisa simples. É coisa fácil. Por isso, meus sorrisos ainda não encontraram o timing, porque só em momentos de muita lucidez e aperfeiçoamento é que atinjo o ápice da simplicidade.


Fernanda Pettersen de Lucena

Nenhum comentário:

Postar um comentário