Quero voltar. Quero muito ir embora para um caminho que me leve a mim mesma. Quero abandonar-me para buscar-me. Já não posso ficar, eu não caibo mais em mim.
Vou correr de braços abertos para alcançar-me, desbravando a terra que me habita, cravando sobre meu colo a bandeira branca da esperança. Porque eu também espero. E vivo para isso. E morro por isso. E enquanto não me devorar, serei apenas uma espera, uma reticências no meio da estrada.
Quero rasgar com as unhas esta carne minha e beber-me o sangue lentamente, até a última gota, até estar saciada de mim. E então vou dormir o sono dos imortais, porque quem se tem e quem se é, vive na eternidade.
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