Viver é um risco? Sim? Andar no escuro não é assumir os riscos do próximo passo?
Meu passo foi dado. Assumi o risco de viver. Todo dia. Mas ainda assim, tenho medo. Isso faz de mim uma covarde? Não. Estou superando. Quando me inclinei e aceitei o que não é certeza. Quando me lancei à sorte de um destino que se constrói dos riscos que assumo, timidamente, mas sem tirar a coragem da minha escolha.
Estou sozinha? Sim? Cada dia mais. Os riscos que assumo não visam à minha solidão. Mas são meus. As escolhas são minhas, os efeitos colaterais incidirão sobre mim.
Não estou abandonando ninguém. Só estou enxergando que a estrada é minha. Que as pernas e dores que a percorrerão serão minhas. Mas dividirei as alegrias. Ah, sim. Dividirei as alegrias porque quero lhe mostrar que tenho colhido frutos. Tenho colhidos os sorrisos, e você saberá deles, não te esconderei nenhum.
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