20.12.09

Os Refugiados

08.02.2007

Estou novamente de mãos atadas. Largada nos olhos suplicantes que passam despercebidos pela falsa glória dos imponentes.
Mas já não consigo chorar... Não me basta! Quero a fúria dos grandes mares, essa força crescente da revolta da natureza. Uma revolta que também é minha, para que me torne capaz de sentir essas dores que eu não tive, para carregar filhos que não são fruto do meu ventre, para morrer numa morte que não é a minha...
Por que insiste em me dar outros olhos? Uns olhos tristes demais para serem os meus... Uns olhos cansados de ver tudo aquilo que eu não vi. Olhos grandes demais para a pequenez de minha alma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário