20.12.09

Sertão

23.04.2008

Vêm brotando sertões em meus olhos... Eles andam secos e vazios por fora. Não chove e já é tarde.
Toda cor que eu olho é um caminho diferente. Minhas escolhas maduras e envelhecidas. Minhas escolhas encharcadas de emoções, mas rígidas... A insistente feição seca e vazia da minha existência temporária.
Não quero ser compreendida! O sertão não é descoberto, espinho por espinho, pedra por pedra... Se fizer sentido, ele deixa de ser sertão. Sua essência é seu mistério. Não me entendam, não há o que entender. Sou só isso e é o bastante. A compreensão é perfeita e quero me distanciar da perfeição... Não tem graça. A perfeição é rua sem saída.


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